Dueto (desgarrada), Fado, Luísa Soares e Nuno de Aguiar, “Ó pardal, ó cotovia”
Video publicado em 04/11/2013
Luísa Soares e Nuno de Aguiar
Guitarra portuguesa: António Jorge
Viola de fado: Jerónimo Mendes (Mano Velho)
Letra: Silva Ferreira / Música: Popular
Letra do fado desgarrada
Ó pardal, ó cotovia
Luísa Soares
“Vou tentar a desgarrada a ver se alguém me acompanha, se há uma voz afinada que saiba cantar sem manha”
Nuno de Aguiar
“Sem manha sempre cantei e não tendo a voz famosa, raramente acompanhei qualquer fadista manhosa”
Luísa Soares
” Pelos vistos quer ser gente este fadista fanhoso, parece que já se sente o conde de Vimioso”
Nuno de Aguiar
“Vimioso foi a lenda mas na verdade quem era, se calhar não foi fadista, como então fora a severa”
Luisa Soares
“A Severa soube amar e como ela eu desejava, por um homem a tocar ao som da voz que cantava”
Nuno de Aguiar
Cantigas dessas havia perdidas no meu caminho, cantigas de cotovia não levam pardais ao ninho
Luisa Soares
“Pardais destes nas sementes comem mas não nas colheitas, não quero pardais doentes no meu ninho não te deitas”
Nuno de Aguiar
“Ai se me deitasse nas penas no teu ninho cotovia, com tanta falta de penas nem sequer adormecia”
Luisa Soares
“Adormecias de certo a até alta madrugada, porque tu meu pardal esperto não eras capaz de nada”
Nuno de Aguiar
“De nada ou talvez, embora pardal vivido, para tomar uma atitude é preciso ter motivo”
Luisa Soares
“Motivo são estas penas, que eu quero ver arrancadas, nas tuas asas morenas, meu pardal das desgarradas”
Nuno de Aguiar
“Assim até vale a pena acabar a desgarrada”
Luisa Soares
“Com o Vimioso sem penas
Nuno de Aguiar
“E a Severa depenada”