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Tais Quais

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Tais Quais

Tais Quais um nome a reter. Os músicos acreditam que uma estrada se cruza com outra e mais outra… E que tudo é possível de construir, não fossem as diversas geografias vizinhas no mesmo planeta. Acreditam que a palavra é primordial à nascença e principal durante a vida! Que, se a ideia desafia, a vontade não se cala. Os “Tais Quais” reuniram-se para fazer de cada palco um cais e de cada término uma nova partida. Levam novidade a quem ouve, alterando quem fica. Pois se há característica que a música transporta é a sua capacidade de reunir diferenças, sons, instrumentos, contextos, tempos e gerações numa só vontade, diluindo fronteiras aparentemente intransponíveis. Confeccionar algo que honrasse e dignificasse uma identidade musical popular que se funde com a origem de cada músico e a narração de um contador de histórias, foi a premissa que os conduziu a muitas horas de estúdio. Encontrareis vozes, muitas vozes. Às vezes são dolentes, outras são cálidas. Às vezes são frescas, outras são assertivas. Às vezes são mordazes e nos entretantos há um homem que sonha perdidamente com o seu amor. Encontrareis Jorge Palma contundente ao piano, aroma intenso, narrando pelas teclas a diversidade que o faz continuar, enquanto houver estrada para andar. O acordeão cinematográfico da Celina da Piedade e a sua voz primaveril, sabor a ervas do campo. O Tim, multiplicado, ora na viola campaniça trinando Alentejo a perder de vista ora inseparável da sua viola baixo a orientar direcções para cada canção, ora pacientemente apurando harmonias. A maestria do João Gil dedilhando sonhos na viola como um criador de inquietações constantes. O Sebastião conduzindo os compassos de toda a gente. O mestre Vitorino voando a céu aberto quando solta rouxinóis da garganta. O Paulo Ribeiro cantando à bolina do seu amado sul e Serafim um contador de histórias, narrador de amores difíceis (Fernando Pessoa que o diga), de casos engraçados e de outras estórias que não evapora da memória. Encontrareis um lugar imaginado, por mais recôndito que o seja, aonde um homem duma venda se sente a alargar horizonte com a chegada dos músicos, que aos seus olhos, mais não são do que velas enfunadas, prontas a partir com quem, ainda tem muita diferença para conhecer. Como o próprio diz: “Ora viva, ora viva, ora viva a quem chegou. Daqui me ia embora e agora já não vou!” Jorge Serafim in www.taisquais.com

Os Tais Quais

A mesa está posta. Há petiscos, há vinho, há cadeiras onde sentar e uma, duas violas à mão. Sobretudo, há gente, unida pelo prazer de se encontrar e trocar histórias. A música é uma inevitabilidade, surge enquanto expressão desse gosto palpável, dessa simplicidade em que as canções vão soando à celebração da coisa mais simples de todas: estar entre amigos. Os Tais Quais são um grupo assim, “quais oliveiras, olivais, pintassilgos, rouxinóis” (assim o diz a “Moda da Passarada”), sem explicações complicadas. Gente que se junta porque quer estar junta, gente que se agarra à ideia romântica das tascas por onde brotava livremente o cante noutros tempos. O Alentejo ocupa a grande espaço do reportório deste grupo formado por João Gil, Vitorino, Tim, Jorge Palma, Celina da Piedade, Paulo Ribeiro e Sebastião. As violas, o acordeão, a percussão, quem sabe uma viola campaniça e um coro de arrepiar. Mas, pelo meio, há também Jorge Serafim, conhecido contador de histórias, que aqui aparece como o anfitrião de um lugar ficcional chamado A Venda do Isaías, e que partilha as suas pérolas de sabedoria desfiando histórias, anedotas, contos populares. A música não é apenas a música, neste caso. Fala por toda uma região. E, por isso, não começa ao primeiro acorde e não termina com os aplausos, não vive na prisão dessas regras ditadas pelos palcos. Vive destas trocas espontâneas, que é lançada por um e agarrada pelos restantes, mas que pode ser atravessada por um relato que Isaías / Serafim vai buscar ao baú da sua sabedoria popular. Seguem-se umas às outras, músicas e histórias, da mesma maneira que a mesa parece estar sempre repleta. Os Tais Quais prometem espalhar a sua musica pelo país. E fazer novos amigos pelo caminho. Eles que se juntem. A mesa está posta.(in Facebook)